Drusas – o que são?

Drusas são depósitos focais de material extracelular que normalmente se formam entre a lâmina basal do epitélio pigmentado da retina e a camada colágena interna da membrana de Bruch. Traduzindo, drusas são o acúmulos de material de estresse oxidativo que se acumula entre as camadas da retina.

Importante falar que drusas não são um diagnóstico de nenhuma doença, mas sim um sinal que pode ou não ser relacionado a patologias. Drusas podem ser encontradas em pacientes sem nenhuma queixa mas também podem causar baixa visual.

Em geral tem a cor amarelada e são consideradas a marca registrada da degeneração macular relacionada a idade (DMRI), sendo características da senilidade ocular quando encontrados nessa doença. Mas existem outros tipos de drusas, entre elas as drusas cuticulares, drusas de membrana basal, pseudo-drusas reticulares, etc. Essas são diferentes das encontradas na DMRI por aspecto fisiológico e por aparecerem em pacientes mais jovens.

Falando em relação às drusas da DMRI, elas são classificadas como duras ou moles, dependendo de suas bordas e do nível de risco que conferem à progressão da DMRI. 

Drusas moles:

são mais comumente encontradas na mácula e representam um risco maior de desenvolvimento de DMRI. Elas são ligeiramente maiores que as drusas duras e têm margens menos definidas.

Drusas duras:

tendem a ser menores e mais bem definidas que as drusas moles. 

As classificações de graviade e prognóstico da DMRI incluem diversas características do olho, dentre elas a quantidade, localização e tamanho das drusas. 

Drusas grandes, moles e confluentes pode indicar aumento de risco de perda visual. Enquanto isso, drusas duras pequenas, esparsas e em pequeno número indicam menor risco de atrofia da retina e perda da visão.

Existem vários exames que servem para fazer o diagnóstio das drusas e estadiamento da doença que a gerou. A análise multimodal em oftalmologia inclui retinografia, mapeamento de retina, tomografia de coerência óptica (OCT), angiografia com fluoresceína, auto-fluorescência, dentre outros exames. 

Com esses exames em mãos, o oftalmologista é capaz de fazer o diagnóstico da origem das drusas e definir um planos de acompanhamento ou tratamento do paciente. 

Em alguns casos selecionados, pode ser necessário o uso de suplementos vitamínicos para reduzir risco de perda visual e evolução para degeneração macular. Converse com seu médico para saber se esse é o seu caso.

Ficou alguma dúvida sobre o que são drusas? Mande pra mim .

Nos vemos

Dr Emmerson Badaró 

Oftalmologista PhD em retina 

@badaro @viveroftalmologia 

www.viveroftalmologia.com.br 

SOBRE O AUTOR

Dr. Emmerson Badaró

Especialista em retina clínica e cirúrgica com sub-especialização em mácula pela Escola Paulista de Medicina, Unifesp. Possui doutorado pela mesma instituição e pela Tufts Medical Center, de Boston, EUA. Membro da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo, é autor de diversos capítulos de livros e artigos de oftalmologia.

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