Anestesia em cirurgia de catarata – como reduzir os riscos

Hoje quero conversar com vocês sobre mais uma questão que vejo que vários pacientes têm medo, que é a anestesia na hora de se submeter a alguma cirurgia. O objetivo desse texto é trazer tranquilidade a quem vai ser submetido à cirurgia e que possa passar pelo procedimento de uma forma tranquila, sem intercorrências ou problemas. 

Esse é o segundo texto de uma série que fiz para abordar o assunto da anestesia na cirurgia de catarata. Pra saber quais os tipos de anestesia que existem para a cirurgia, sugiro que você leia o outro que fiz e aborda esse assunto especificamente.

Nesse texto de hoje eu quero falar com você 5 ações que eu, Dr Emmerson Badaró, tomo para reduzir os riscos de alguma complicação anestésica. Espero que seja útil para você ou algum conhecido que vai fazer a cirurgia. 

 

  1. Individualização das condutas: nenhum paciente é igual ao outro, e tampouco deve receber tratamentos iguais. Cada pessoa tem uma necessidade diferente, com histórico de doenças, uso de medicamentos, histórico familiar e de cirurgias prévias, dentre outros fatores que nos fazem ser únicos. Não existe receita de bolo que sirva para todos os pacientes, e nenhum paciente recebe tratamento igual a outra pessoa. Cada um deve ser individualizado levando em considerações peculiaridades únicas que têm receber a anestesia da forma que seja adequada.
  2. Avaliação pré-operatória minuciosa: geralmente essa avaliação recebe o nome de “risco cirúrgico” e é realizada pelo cardiologista. Nessa consulta pré-cirúrgica, o médico solicita os exames necessários para estratificar o risco de acordo com o paciente e o porte da cirurgia. Mas além disso, muitas vezes pode ser necessário também que o anestesista avalie o paciente e seus exames.
  3. Solicitação dos exames adequados: solicitados de forma personalizada levando em consideração as patologias apresentadas pelo paciente, remédios em uso, histórico familiar, dentre outros fatores. A realização de exames adequados pode nos dar indícios de que o paciente precisa ajustar alguma medicação antes da cirurgia para aumentar a segurança do ato cirúrgico.
  4. Anestesista, uma pessoa de grande importância na cirurgia. No time de médicos que trabalham na cirurgia, existe o anestesista, que é responsável por tirar a dor e aplicar os remédios para sedação na cirurgia. Um bom anestesista muda o resultado cirúrgico. Além disso, o anestesista ajuda no pós operatório em casos que possa ter dor depois da cirurgia. A prescrição de medicamentos para o pós operatório ajuda a recuperação e reduz o desconforto do paciente.
  5. Valorizar a equipe!!! O cirurgião é mais um do time. Mas essa equipe tem também vários outros profissionais, desde a hora que o paciente entra na clínica e é recepcionado, até a hora que ele sai e vai para sua casa. No meio desse processo existem recepcionistas, enfermeiros, técnicos de saúde, dentre outros que juntamente com o médico, compõem uma equipe multidisciplinar. 

 

O objetivo desse texto é trazer ao paciente a tranquilidade que o ato anestésico merece receber. Atualmente, com os medicamentos analgésicos potentes, monitorização correta, solicitação dos exames adequados e composição de uma equipe de alto nível, o processo cirúrgico deve ser visto de uma forma tranquila pelo paciente. Não há razões para, no século 21, um indivíduo ter medo da anestesia da hora de uma cirurgia oftalmológica. 

Caso você ainda tenha algum receio, recomendo conversar com o cirurgião e tirar todas as suas dúvidas antes da cirurgia. Assim, você vai para a cirurgia de forma tranquila e vai passar pelo processo pré, intra e pós-operatório de maneira tranquila e aumenta a probabilidade de conseguir a melhora visual desejada.

 

Gostou desse texto? Encaminhe para quem precisa ler antes de fazer uma cirurgia oftalmológica.

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