Surto de conjuntivite: saiba mais sobre como prevenir e tratar a doença

A conjuntivite é uma incômoda doença que acomete a parte mais superficial do olho, a conjuntiva. A inflamação pode ocorrer por vírus, bactéria ou mesmo em decorrência de alguma alergia. Mas é a conjuntivite viral a causa dos surtos que estamos vivendo.

Os surtos de conjuntivite acontecem porque a doença é causada por um vírus com alto poder de disseminação e contaminação das pessoas. Daí, a situação comum de várias pessoas de uma mesma família apresentarem a doença.

Os principais sintomas da conjuntivite são intenso desconforto, sensação de areia nos olhos, secreção, vermelhidão, lacrimejamento, fotofobia, inchaço nas pálpebras e a coceira característica. Casos mais severos podem ter hemorragias conjuntivais e dor mais intensa.

Em geral, a conjuntivite pode durar cerca de uma semana. Mas esse tempo pode variar de acordo com a inflamação causada nos olhos.

A melhor forma de prevenção para a conjuntivite é simples: lavar as mãos. Principalmente, após frequentar locais públicos com alto fluxo de pessoas, como ônibus e escolas. Uma boa dica é ter sempre por perto uma embalagem de álcool em gel para higienizar as mãos com frequência.

Além disso, evite levá-las aos olhos e compartilhar objetos que tenham contato com o olho, como maquiagens, óculos e lentes de contato. Ao nadar, use óculos específicos para prevenir contato com microorganismos e outros agentes irritativos. E, caso apresente algum sintoma, é recomendada a troca diária de fronhas nos travesseiros.

O tratamento da conjuntivite pode ser realizado em diversas modalidades. Por isso, é tão importante a realização de um exame oftalmológico e consulta. Assim, é possível avaliar a melhor forma de tratamento e necessidade de medicamentos específicos para cada pessoa.

Nunca use medicamentos prescritos para outra pessoa ou faça auto-medicação. O uso errado de remédios pode prejudicar ainda mais a cura da doença.

Como medidas gerais de tratamento para a conjuntivite, é recomendada a limpeza constante dos olhos com lenços descartáveis e soro fisiológico, além do uso de compressas geladas. Suspenda as lentes de contato enquanto persistirem os sintomas, caso as use; nunca reutilize lenços e dê preferência para os descartáveis.

O uso de colírios anti-inflamatórios, lágrimas artificiais ou outros medicamentos podem ser necessários, dependendo de cada caso. Se este for o seu, evite encostar a ponta do frasco nos olhos ou cílios, pois isso pode levar a reinfecção e piora dos sintomas.

Em caso de piora progressiva dos sintomas ou de baixa na visão, o oftalmologista deve ser procurado imediatamente. Apesar de ser, geralmente, auto-limitada, toda atenção é necessária para evitar a contaminação. Especialmente com os recentes surtos de conjuntivite. Pois, além de muito desconfortável, ela pode levar a sequelas visuais e necessitar de um longo tratamento para sua recuperação. 

SOBRE O AUTOR

Dr. Emmerson Badaró

Especialista em retina clínica e cirúrgica com sub-especialização em mácula pela Escola Paulista de Medicina, Unifesp. Possui doutorado pela mesma instituição e pela Tufts Medical Center, de Boston, EUA. Membro da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo, é autor de diversos capítulos de livros e artigos de oftalmologia.

Compartilhe com alguém!

Categorias