Eletrorretinograma (ERG): tudo o que você precisa saber sobre este exame
O eletrorretinograma (ERG) é um exame diagnóstico muito útil na oftalmologia, mas pouco conhecido pelos pacientes. Pode ter diversas modalidades diferentes de realização, mas os mais comuns são o ERG de campo total e o ERG multifocal.
Como é feito o exame
As respostas do ERG são obtidas usando eletrodos suavemente embutidos em pontos específicos da cabeça, ao redor dos olhos e um eletrodo semelhante a um fio de cabelo nos olhos. O paciente é orientado a olhar a uma tela com estímulos visuais.
O ERG mede a atividade elétrica gerada por células na retina em resposta a estes estímulos luminosos. Com isso, detecta a função da retina.
O exame é geralmente bem tolerado, indolor e pode ser realizado mesmo em crianças cooperativas.
O ERG capta sinais elétricos dos fotorreceptores da retina, bem como outras células (células de Müller e células bipolares) que atuam como intermediários entre os fotorreceptores e as células ganglionares. Leituras anormais de ERG podem detectar certas alterações dessas camadas celulares.
Os exames são realizados seguindo padrões internacionais de qualidade e reprodutibilidade.
A Sociedade Internacional de Eletrofisiologia Clínica da Visão (ISCEV) introduziu padrões mínimos para o ERG em 1989. Estes parâmetros são tão precisos que ainda são amplamente utilizados, e passam por atualizações frequentes no passar dos anos.
Para que serve o ERG?
O ERG pode identificar uma variedade de distúrbios da retina,como:
- Retinose pigmentária;
- Distrofias de cones e bastonetes;
- Doença de Stargardt;
- Fundus albipuntatus;
- Deficiência de vitamina A;
- Cegueira noturna;
- Amaurose congênita de Leber;
- Retinopatia associada ao câncer;
- Diversas outras doenças e distrofias.
Em caso de pessoas com alterações retinianas, o ERG é usado para detectar parentes assintomáticos e risco de transmissão aos descendentes.
Além disso, um ERG também pode ser usado para monitorar a progressão da doença ou avaliar a toxicidade da retina com vários medicamentos de uso sistêmico ou de um corpo estranho intraocular retido.
Quais são os riscos associados a um teste de eletrorretinografia?
Não há riscos ligados ao exame do ERG.
Você pode sentir desconforto de coceira e fotofobia leves durante e após o procedimento, mas bem tolerável pela maioria das pessoas.
A colocação do eletrodo parece algo como ter um cílio alojado em seu olho e uma leve sensação de desconforto.
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