Retina Fina: Quando o Risco de Descolamento é Maior e O Que Fazer Para Prevenir
Você sabia que algumas pessoas têm retina mais fina e frágil por características genéticas ou condições visuais como a miopia alta?
E que, nesses casos, o risco de descolamento de retina é muito maior — mesmo antes de qualquer sintoma?
Sou o Dr. Emmerson Badaró, oftalmologista especialista em retina, e neste artigo quero te explicar, de forma simples, o que significa ter retina fina, quando isso representa risco, e como podemos prevenir o descolamento com tecnologia e acompanhamento.
O que é “retina fina”?
A retina é uma camada muito delicada que reveste o fundo do olho e capta as imagens que vemos.
Em algumas pessoas, por fatores genéticos, idade ou grau de miopia, ela pode se apresentar mais fina, estirada ou com pequenas lesões periféricas (como degenerações lattices, degenerações em treliça ou buracos regmatogênicos).
Essas áreas mais frágeis podem evoluir para um descolamento de retina, especialmente se não forem detectadas precocemente.
Quem tem mais risco de descolamento de retina?
- Pessoas com miopia alta (geralmente acima de -6 graus)
- Pacientes com histórico familiar de descolamento de retina
- Pessoas que já tiveram traumas oculares
- Idosos com alterações no vítreo (gel do olho que se solta com o tempo)
- Quem já fez cirurgias ou teve inflamações oculares
Esses grupos precisam de atenção redobrada porque o descolamento pode acontecer de forma súbita — e evoluir rapidamente.
Sintomas de alerta para descolamento de retina
Se você perceber qualquer um desses sinais, procure atendimento imediato:
- Flashes de luz (principalmente no escuro)
- “Cortina” escura cobrindo parte da visão
- Aumento súbito de “moscas volantes” (manchas flutuantes)
- Visão embaçada que piora rapidamente
- Sensação de sombra lateral no campo visual
Quanto mais cedo for tratado, maiores as chances de preservar a visão.
“Mas se eu não tenho sintomas, preciso me preocupar?”
Sim — e é aí que entra o ponto mais importante:
O descolamento de retina pode ser evitado quando pequenas lesões são identificadas e tratadas antes que evoluam.
Se você tem retina fina, eu sugiro fazer o monitoramento com exames específicos como:
- Mapeamento de retina (avalia toda a periferia da retina)
- Tomografia de coerência óptica (OCT)
- Exames de fundo de olho
E, se identificamos áreas de risco, eu realizo o tratamento preventivo com laser de retina, que sela essas áreas frágeis e impede que evoluam para um descolamento.
Caso real
Um paciente meu, de 38 anos, com miopia de -10 graus, nunca havia feito exame de mapeamento de retina.
Durante um check-up, identifiquei duas áreas de degeneração periférica e realizei laser preventivo.
Poucos meses depois, ao sofrer um pequeno trauma jogando futebol, ele não teve descolamento — porque a retina já estava protegida.
Minha orientação como especialista
Se você tem miopia alta, histórico familiar ou já passou por cirurgia ocular, não espere os sintomas aparecerem. A prevenção é o que realmente salva a visão em casos como esse.
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