Descolamento de retina – quais as causas

Olá, amigos. Hoje eu quero conversar com você sobre descolamento de retina, mas especificamente sobre o que faz com que uma pessoa tenha a doença e outra esteja “protegida” dela. Isso é uma dúvida muito comum aqui na clínica, e por isso resolvi escrever esse texto. 

Muita gente que já teve descolamento de retina tem dúvida do risco de ter no outro olho, e outras pessoas que tiveram parentes acometidos pela patologia querem saber qual o risco que estão correndo. 

Para responder isso, é importante te explicar quais são os fatores de risco do descolamento de retina. Caso um indivíduo apresente esses fatores, podem ser necessárias intervenções para prevenir a patologia e reduzir o risco. Através do conhecimento de quais os fatores de risco um indivíduo apresenta, eu consigo fazer uma medicina personalizada, intervindo da maneira individualizada para reduzir a chance do descolamento de retina acontecer. 

Mas agora, antes de falar das causas do descolamento de retina em si, gostaria de lembrar que existem vários tipos dessa doença. O objetivo desse texto não é explicar sobre os diferentes tipos de descolamento de retina, mas eu tenho textos específicos de cada um deles aqui no blog. Então, para saber mais sobre essa doença, te convido a ler os outros textos também.

Em relação ao descolamento de retina regmatogênico, que é o mais comum, os principais fatores de risco são:

– Rasgos na retina – quando ocorre uma rotura na retina.

– Miopia – quanto maior o grau da miopia, maior a chance de descolamento de retina, principalmente quando falamos de graus acima de 6 dioptrias.

– Degenerações de fundo de olho – são mais frequentes em pacientes míopes e predispõem a afinamento e roturas da retina. A mais comum delas é a degeneração lattice.

– Traumatismo ocular: seja trauma direto no olho por um soco ou uma bolada, mas também traumatismo craniano de alto impacto, como em acidentes de carro. 

– Cirurgias oculares: quando uma pessoa já fez uma cirurgia, há mudança de anatomia ocular e pode aumentar a chance de descolamento de retina. Entretanto, é muito importante salientar que o risco de descolamento é minimizado quando uma avaliação pré-operatória minuciosa é realizada.

– Inflamações ou infecções oculares.

– Descolamento de retina no outro olho ou em alguém da família.

Mas e aí? Agora que você já sabe quais são os fatores de risco, o que fazer com essa informação? O que fazer se você tem algum dos fatores listados acima? Como você pode reduzir a chance de ter um descolamento de retina?

Mesmo para pessoas que têm os fatores de risco, não é certeza de que o descolamento de retina vai acontecer. Mas é um sinal de alerta de que esse indivíduo deve ficar mais atento aos sintomas e ir a consultas periódicas com um oftalmologista especialista em retina.

Nessas consultas, o médico oftalmologista especialista em retina vai te examinar, solicitar os exames adequados e individualizar a conduta para seu caso. Se necessário, pode ser necessária a realização de tratamento profilático que pode até eliminar esses fatores de risco do descolamento de retina.

Então, se você possui algum dos fatores de risco para descolamento de retina que eu listei acima, procure um especialista em retina para te avaliar, ok?

Nos vemos no próximo texto.

Dr Emmerson Badaró – viver oftalmologia

Compartilhe com alguém!