O daltonismo, nome popular para a deficiência de visualização de cores, é muito mais comum na população. Acomete principalmente homens, e mulheres são raramente afetadas. Estima-se que cerca de 8 a 10% dos homens tem algum grau de daltonismo.

Existem diversos testes para avaliar a deficiência de cores, desde mostrar uma paleta de lápis de cor para uma criança até testes de computador e celular. Todos têm sua validade por serem práticos, mas estes citados tem muito erro e frequentemente não são capazes de fornecer o diagnóstico correto, pois muitas pessoas com daltonismo não são identificadas com eles.

Isso ocorre porque os pixels e tonalidades de cores nas telas são diferentes do impresso no livro específico. Assim, mesmo uma pessoa com daltonismo pode conseguir ver as figuras. Por isso, mesmo em casos de testes negativo nas telas, havendo suspeita a pessoa deve ser encaminhada ao oftalmologista para realizar o teste correto.

O teste padrão ouro para detecção de daltonismo é feito em consultório através da identificação de figuras em um livro impresso. Este é chamado de teste de Ishihara, feito no consultório. O paciente é apresentado a figuras e números impressos e tem um tempo determinado para resposta. Caso não consiga ver, ou demore tempo demais, significa uma deficiência de visão de cores.

Pessoas com daltonismo tem dificuldade de identificar as figuras, levando mais tempo que o normal, ou não conseguem ver nada nas impressões. Caso seja confirmado o diagnóstico, o oftalmologista consegue avaliar o grau de profundidade e as implicações no cotidiano da pessoa, incluindo possibilidade de carteira de habilitação, atividades profissionais e outras possíveis limitações.

Como em geral não existem limitações para a vida cotidiana e os graus de daltonismo mais comuns são os mais leves, não existe recomendação formal de se testar todas as pessoas para deficiência de visão de cores. Na forma congênita da deficiência de cores não existe tratamento e a ela é estável durante toda a vida.
Mesmo que você não saiba, com certeza convive com alguém que tem daltonismo. Pode ser que nem a própria pessoa saiba disso, inclusive. Se tiver a suspeita, procure um oftalmologista para realização do teste de cores de Ishihara.

Caso tenha dúvidas sobre o teste de cores, mande para mim.
Dr Emmerson Badaró