DSTs: qual a relação com a saúde visual?
As DSTs são adquiridas por via sexual, mas uma vez no organismo podem levar a consequências em várias partes do corpo, inclusive nos olhos.
Novamente em evidência nos últimos anos, as DSTs ainda são um tabu para muitas pessoas. E não deveria ser assim.
Estamos vivendo uma nova fase de diagnóstico de DSTs nos últimos anos. Para se ter uma ideia, o Brasil tem registrado uma média de 40 mil novos casos de AIDS por ano.
As informações sobre as DSTs são amplamente divulgadas principalmente em meios de comunicação e redes sociais. E apesar de acometerem pessoas de qualquer idade e sexo, o principal grupo de risco atual é o de jovens.
Isso pode ser explicado por não terem vivido o pânico que o mundo viveu com a epidemia da AIDS nas décadas de 80 e 90, por não conviver com alguém doente ou por crer que “nunca vai acontecer comigo”.
A prevenção é ainda a estratégia básica para o controle da transmissão das DSTs e do HIV. É obtida por meio da constante informação das pessoas, percepção de comportamentos de risco e estímulo ao uso adequado de preservativos.
Como as DSTs afetam a saúde visual das crianças?
Depois da contaminação, a doença pode ir para a circulação da placenta e acometer o bebê. As alterações no organismo infantil podem ser desastrosas, incluindo baixa visual de caráter irreversível por mal formação dos olhos. Em relação ao olho, as DSTs podem levar a catarata, glaucoma e degenerações da retina.
Se diagnosticada com antecedência, é possível prevenir a transmissão de todas as DSTs ao bebê. O pré-natal de rotina faz testes para saber se a mãe está acometida pelas principais doenças e realiza tratamento.
Como as DSTs afetam a saúde visual dos adultos?
Em pacientes adultos com DSTs, as principais alterações oftalmológicas são:
- Uveíte;
Neurite óptica;
Vasculite;
Edema de mácula;
Conjuntivites de diversas formas e durações;
- Deslocamento de retina.
- Oclusões venosas ou de artéria da retina
As DSTs são evitáveis e, mesmo na situação de contagio, possuem tratamento e prevenção de transmissão a outras pessoas. Uma vez contaminada, a pessoa deve se tratar e também o (s) parceiro (s) sexual (s) para evitar novos contágios. Grande parte da morbidade é eliminada caso essas medidas sejam tomadas.
Caso uma pessoa tenha tido DST no passado, mesmo tratada, e tenha queixas oftalmológicas, deve procurar atendimento para avaliar se houve dano a visão e instituir o tratamento ideal aos olhos.
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