A tonometria é o exame muito importante na prática oftalmológica por realizar a medida da pressão intraocular. Deve ser realizada e repetida com frequência em todos os pacientes, pois aumentos da pressão intraocular não geram sintomas na maioria das pessoas e podem levar a diversas doenças, dentre elas o temido glaucoma. A tonometria faz parte da propedêutica padrão de uma consulta oftalmológica.

A pressão intraocular alta é o principal fator de risco para glaucoma e a redução de seus valores é o melhor tratamento para conter a doença. Portanto, a tonometria é um exame muito útil para diagnóstico e acompanhamento de pacientes com glaucoma.

A tonometria é um exame indolor, rápido e seguro, que pode ser repetido quantas vezes e na frequência que o médico julgar necessário.

Como é feito: usamos uma gota de colírio anestésico e de fluoresceína para a realização, e o paciente é posicionado pelo médico para obter a medida confiável.

Existem diversos métodos para sua realização, cada um apresentando suas vantagens próprias.

Tonômetro de aplanação de Goldman: é o método mais preciso, mais comum e realizado na prática oftalmológica. O tonômetro é acoplado ao aparelho da lâmpada de fenda e realizamos a pressão ao realizar uma força tangencial no olho e medir a pressão gerada. Este é o método de preferência que utilizamos na Viver oftalmologia, reservando outras modalidades do exame para situações em que este não possa ser realizado.

Tonômetro de Perkins: tem a vantagem de ser portátil, sendo útil para avaliação de crianças, pessoas com dificuldade de locomoção ou colaboração, acamados e outros pacientes com fixação da cabeça por questões posturais. Por ser portátil, pode ser levado para outros locais além do consultório médico, inclusive para avaliações hospitalares e em domicilio.

Tonômetro de sopro: realiza um discreto sopro no olho do paciente e avalia a velocidade e força para chegar ao valor da pressão intraocular.

Valores de pressão intraocular medidos pela tonometria de aplanação podem variar entre indivíduos, sendo em geral considerados normais valores entre 10 e 20mmHg. Entretanto, diversas variáveis podem mudar esses valores de referência, como por exemplo a espessura da córnea (medida pela paquimetria corneana), história familiar de doenças oftalmológicas como glaucoma, valor da escavação do disco óptico e presença de outras doenças oftalmológicas no paciente. Por isso, não existem valores que sejam padrão para toda a população, mas devemos buscar personalizar os resultados para cada paciente.
Se você já foi ao oftalmologista, é muito provável que você já tenha realizado tonometria. As medidas da pressão intraocular são muito importantes e devem ser realizadas frequentemente, mesmo em pacientes sem queixas. Isso porque mesmo aumentos da pressão intraocular que não geram sintomas podem levar a danos a estrutura do olho e baixa visual.

Caso tenha dúvidas em relação ao exame de tonometria e formas de medir a pressão intraocular, mande para mim.

Dr Emmerson Badaró